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Entenda por que a Justiça autorizou que Nego Di, réu por estelionato no RS, resida em SC

Nego Di responde por suposto esquema de produtos não entregues por loja virtual no Rio Grande do Sul. Nego Di durante depoimento à Justiça, ainda preso, em o...

Entenda por que a Justiça autorizou que Nego Di, réu por estelionato no RS, resida em SC
Entenda por que a Justiça autorizou que Nego Di, réu por estelionato no RS, resida em SC (Foto: Reprodução)

Nego Di responde por suposto esquema de produtos não entregues por loja virtual no Rio Grande do Sul. Nego Di durante depoimento à Justiça, ainda preso, em outubro de 2024 Reprodução A Justiça do Rio Grande do Sul autorizou que Dilson Alves Neto, conhecido como Nego Di, resida em Santa Catarina, em decisão de dezembro de 2024, confirmada nesta quarta-feira (22) pelo g1. Segundo a advogada dele, Camila Kersch, Nego Di se mudou para Florianópolis, em SC, em julho de 2024, antes de ser preso, e agora "comunicou ao juízo de Canoas [no RS], o novo endereço, cumprindo a determinação contida na decisão do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) como cautelar substitutiva da prisão". 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Para a Justiça, como Nego Di já residia em Santa Catarina, ele pode permanecer em liberdade provisória desde que respeite as medidas cautelares impostas pelo STJ (saiba mais abaixo). O humorista é réu por um suposto esquema de produtos não entregues a clientes de uma loja virtual da qual era sócio. Segundo investigação da Polícia Civil e do Ministério Público (MP), 370 clientes tiveram um prejuízo de R$ 5 milhões. Nego Di foi solto no dia 27 de novembro. Em dezembro, por unanimidade, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter o humorista em liberdade após análise de um habeas corpus. Os ministros concordaram com a decisão monocrática do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que havia determinado a soltura do humorista. Durante interrogatório realizado em outubro, quando ainda estava preso na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), Nego Di culpou o sócio pelo caso. O g1 e a RBS TV obtiveram as imagens do depoimento, em que o humorista foi questionado sobre a vida de luxo que mantinha enquanto clientes pediam ressarcimento dos produtos não entregues pela loja. "Eu só quero pagar as pessoas e resolver a minha vida", disse Nego Di no depoimento, em 18 de outubro. Sobre o interrogatório, o MP afirmou que "não vai se manifestar durante processo em andamento". Já a defesa do sócio de do influenciador, Anderson Boneti, disse que, "a tese defensiva do mesmo [Nego Di] é imputar a responsabilidade integral ao acusado Anderson, o que não condiz com as provas colidas na instrução". Nego Di: 'Eu só quero pagar as pessoas e resolver a minha vida' Soltura e advertência Nego Di foi preso em julho, em Florianópolis (SC). Na decisão que autorizou a soltura do réu, o ministro do STJ determinou uma série de medidas cautelares que devem ser cumpridas por Nego Di: Comparecer periodicamente em juízo para justificar atividades Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial Proibição de se ausentar da comarca sem prévia comunicação Proibição de frequentar/usar redes sociais Recolhimento do passaporte As horas seguintes à soltura foram de roda de samba, churrasco e brinde com espumante. Nos registros compartilhados nas redes sociais por Gabriela Sousa, mulher do humorista, Nego Di apareceu sentado à beira da piscina, tocando um instrumento de percussão. Em outra publicação, o influenciador apareceu cantando. As advogadas dele na ocasião, Tatiana Borsa e Camila Kersch, também participaram da confraternização. Em um dos cliques, elas aparecem brindando com Gabriela e Nego Di. O MP analisou as imagens e solicitou que a Justiça advertisse o influenciador por aparecer nas redes sociais, o que violaria uma das condicionais estabelecidas pelo STJ. A Justiça advertiu o influenciador, que demitiu a advogada Tatiana Borsa de sua defesa. Samba, churrasco e brinde: como foram as primeiras horas de Nego Di após deixar presídio VÍDEOS: Tudo sobre o RS